MPT em Santa Maria promove campanha sobre combate à violência contra a mulher

Vídeos serão veiculados nas redes sociais na semana do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres e podem ser reproduzidos gratuitamente por veículos interessados

     O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Santa Maria começa a veicular nesta segunda-feira (23/11) campanha publicitária de conscientização sobre violência contra a mulher, destacando atitudes que levam à discriminação e propondo uma reflexão quanto aos relacionamentos dentro e fora do ambiente de trabalho. O objetivo é encorajar a mudança de comportamento e a tomada de atitude diante de situações de abuso. A campanha faz parte da mobilização do MPT nos "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres", promovido anualmente a partir do dia 25/11, Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher.

     A campanha é composta de dois vídeos, que ilustram situação de desrespeito e violência contra a mulher entre colegas de trabalho, mostrando os pontos de vista de uma mulher e de um colega homem sobre a mesma cena, incentivando a disposição para dialogar e interromper a agressão observada. A procuradora do MPT em Santa Maria Bruna Iensen Desconzi explica que a ênfase é alertar para o assédio moral e sexual destacando comportamentos anteriores, como a educação machista, que levam a prejuízos não só no ambiente do trabalho, como mostram os altos índices de feminicídio no Brasil. “A campanha busca dar voz ao respeito e à igualdade”, sintetiza.

     O MPT atua para que haja a efetivação das disposições da Constituição Federal, que assegura a homens e mulheres igualdade de direitos e obrigações, sendo vedada, pelo seu artigo 7º, a diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, entre outros. Além disso, atua para que os empregadores previnam, monitorem e resolvam situações de assédio moral, inclusive os de cunho sexual, que em muitos casos não são denunciados por medo de represálias. A campanha foi concebida e realizada pela agência Yellowbean, com multas pagas por duas empresas da cidade por descumprimento de legislação trabalhista, em decorrência de termos de ajuste de conduta (TACs) firmado com o MPT. Ela pode ser reproduzida gratuitamente por veículos interessados (veja abaixo).

Dados da violência contra a mulher no Brasil
     Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, em 2018, 27,4% das mulheres brasileiras com mais de 16 anos afirmaram ter sido vítimas de algum tipo de violência e 37,1% relatam ter sido vítimas de assédio. Em 2019, menos de 7% das ligações recebidas pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 acabaram em denúncias efetivadas (fonte: Sistema de Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e Atendimentos – SONDHA).

      A pesquisa também comprova que, mesmo tendo consciência dos comportamentos inadequados, os homens não sabem o que fazer para melhorar.

• 60% dos homens dizem que poderiam melhorar sua postura diante das mulheres;
• 31% dizem que gostariam de não ser machistas, mas não sabem como agir;
• 45,5% gostariam de se expressar de forma menos dura e agressiva.

       A ação diante da violência contra a mulher não é só responsabilidade da vítima. Observadores também têm o dever de intervir nesse tipo de situação, a fim de criar uma consciência coletiva sobre respeito e igualdade de gênero.

Vídeo 1 (disponível em diversos formatos e nas durações de 15s, 30s e 60s)
A consciência do problema por parte do público masculino abre uma oportunidade para dialogar sobre o tema e incentivar a tomada de atitude diante de uma situação de abuso.

Ponto de vista da mulher no almoço com colegas de trabalho https://youtu.be/Ebsv0MF2fug

Ponto de vista do colega homem https://youtu.be/6D-fgNhA0rQ

Vídeo 2 (5min18s)
Gravado no início do ano, no shopping Royal Plaza, em Santa Maria, mostra a inércia de pessoas ao observarem cenário de agressão encenada por atores. O vídeo enfatiza a importância de dialogar e dar visibilidade ao tema, fazendo com que as mulheres se sintam seguras e encorajadas a denunciar esse tipo de situação.  

Assista no YouTube

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Texto: Luis Nakajo (analista de Comunicação)
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